Cidades de refúgio
(Nm 35.6-34; Dt 4.41-43; Js 20.1-9)
1Quando o Senhor, vosso Deus, tiver destruído os povos que vocês desarraigarão, quando passarem a viver nas cidades e nas casas deles, 2 terão de destacar três cidades de refúgio para que alguém que por simples acidente tenha matado outra pessoa possa para lá fugir e estar em segurança. 3 Para tal, dividam o território em três zonas, cada uma com a sua cidade, e com as vias que conduzam até elas em bom estado.
4 Se alguém matar sem intenção, e sem que houvesse prévia hostilidade, outra pessoa, o assassino pode fugir para qualquer uma destas cidades e aí encontrar asilo. 5 Por exemplo: um homem vai a um bosque na companhia do seu vizinho para cortar lenha. A certa altura, o ferro do machado escapa-se do cabo e mata o companheiro. Aquele homem poderá fugir então para uma dessas cidades e ficará seguro. 6 Se aparecer alguém pretendendo vingar a morte do seu vizinho, não poderá fazê-lo. Essas cidades deverão estar suficientemente acessíveis a toda a gente. Doutra forma, um vingador exaltado pode apanhar e liquidar o indivíduo que matou outro sem ser por mal, o que não deveria acontecer, pois não o matou deliberadamente. 7 Por isso, te ordenei que escolhesses três cidades de refúgio.
8 Se o Senhor, vosso Deus, alargar as vossas fronteiras, como prometeu aos vossos antepassados, e vos der toda a terra que garantiu dar-vos, 9 e ele fará isso na condição de obedecerem a todos os mandamentos que vos dou hoje, de amarem o Senhor, vosso Deus, e de andarem nos seus caminhos, então terão de destacar mais três outras cidades de refúgio. 10 Dessa forma, impedirão a morte de gente inocente e não se tornarão responsáveis por um derramamento injusto de sangue.
11 Mas se alguém odeia uma pessoa e, armando-lhe uma emboscada, lhe aparece de repente à frente e a mata, se depois vier a fugir para uma das cidades de refúgio, 12 os anciãos da sua cidade de origem mandarão buscá-lo e trazê-lo para casa e entregá-lo-ão ao vingador da morte daquele que assassinou, para ser executado. 13 Não tenham pena dele. Expurguem de Israel todos os assassinos. Só assim tudo vos correrá bem.
14 Quando chegarem à terra que o Senhor, vosso Deus, vos dá não se esqueçam de que não deverão roubar terra ao vosso vizinho, deslocando as marcas dos limites do seu campo.
As testemunhas
15 Nunca culpem ninguém com base numa só testemunha. Toda a acusação deve ser confirmada por duas ou três testemunhas. 16 Se alguém der um falso testemunho, dizendo que viu outra pessoa praticar uma ação má, mas sem que isso seja verdade, 17 deverão ser ambos trazidos à presença dos sacerdotes e dos juízes em exercício na altura, perante o Senhor. 18 Será então interrogado e se virem que a testemunha está a mentir, 19 o seu castigo terá de ser aquele que o outro receberia se fosse verdade a acusação. Dessa forma, limparão o mal do vosso meio. 20 Todos quantos ouvirem o que aconteceu terão medo de dizer mentiras ao testemunhar contra outros. 21 Não tenham misericórdia de uma falsa testemunha. Vida por vida, olho por olho, dente por dente, mão por mão, pé por pé; será este o vosso critério em tais casos.